A entrada de uma nova liderança no comando do país sempre gera expectativas — e quando essa liderança é feminina e carrega um legado político forte, como o de Michelle Bolsonaro, as atenções do mercado se voltam imediatamente para os impactos econômicos e financeiros.
Mas afinal, como seria a economia do Brasil com Michelle Bolsonaro como presidente? O que esperar da política econômica, do ambiente de negócios e dos investimentos em um governo de direita comandado por uma mulher?
Vamos analisar esse cenário e o que ele pode representar para o seu dinheiro.
1. Continuidade liberal com uma nova abordagem
Michelle Bolsonaro é vista como uma possível herdeira política do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que indicaria uma continuidade da agenda econômica liberal, com:
- Defesa do livre mercado
- Incentivo à iniciativa privada
- Estímulo ao empreendedorismo
A diferença estaria no estilo de liderança: mais conciliador, com apelo social e maior abertura para pautas de inclusão, especialmente voltadas a mulheres e famílias.
Isso pode atrair investidores atentos a um equilíbrio entre responsabilidade fiscal e políticas sociais bem estruturadas.
2. Confiança do mercado e estabilidade institucional

Se Michelle demonstrar alinhamento com economistas liberais de peso, como nomes ligados ao setor produtivo ou ex-ministros técnicos, o mercado pode reagir com entusiasmo. Isso costuma se refletir em:
- Queda do dólar
- Alta da bolsa de valores (Ibovespa)
- Entrada de capital estrangeiro
Além disso, o fato de ser uma mulher no comando do país traria um simbolismo positivo, mostrando maturidade institucional e diversidade de liderança — algo bem-visto por investidores internacionais.
3. Impacto positivo para o empreendedorismo feminino
Com Michelle Bolsonaro no poder, é possível que políticas voltadas ao fortalecimento de micro e pequenas empresas lideradas por mulheres ganhem força. Isso pode incluir:
- Linhas de crédito com juros reduzidos
- Programas de capacitação empreendedora
- Incentivos para inclusão financeira de mulheres
Esse tipo de política não só promove justiça social, como também movimenta a economia e amplia a base de consumidores e produtores.
4. Estabilidade fiscal e reformas econômicas
Seguindo a tradição de governos de direita, espera-se que Michelle Bolsonaro defenda:
- Reforma tributária com simplificação de impostos
- Compromisso com o teto de gastos
- Redução do tamanho do Estado por meio de privatizações e concessões
Isso tende a gerar confiança no controle da dívida pública e da inflação — dois fatores que impactam diretamente seus investimentos em renda fixa e variável.
5. Onde investir em um governo Michelle?
Se confirmada essa linha de atuação liberal, os melhores setores para investir seriam:
✅ Empresas de infraestrutura e energia (beneficiadas por concessões e privatizações)
✅ Bancos digitais e fintechs (com estímulo à inclusão financeira)
✅ Ações voltadas ao consumo interno, especialmente se houver crescimento da renda das famílias
✅ Renda fixa de longo prazo (se a inflação seguir controlada)
E os desafios?
Apesar do potencial, um governo Michelle Bolsonaro teria desafios importantes:
- Superar a desconfiança de parte da elite política e institucional
- Montar uma equipe econômica sólida e respeitada
- Conciliar as bases conservadoras com demandas econômicas modernas
O sucesso dependeria não só das intenções, mas da capacidade de execução, articulação no Congresso e estabilidade política.
Conclusão: uma nova liderança, novas possibilidades
A hipótese de Michelle Bolsonaro na presidência representa uma renovação de estilo com continuidade ideológica. Para o mercado financeiro, isso pode ser positivo, desde que as políticas mantenham o foco no equilíbrio fiscal, modernização econômica e segurança jurídica.
Além disso, a representatividade feminina no comando do país pode abrir novas discussões sobre igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, no empreendedorismo e nos investimentos.