A “adultização infantil” ocorre quando crianças ou adolescentes são expostos a comportamentos, responsabilidades ou sexualização típicos do universo adulto, antes de estarem emocional e psicologicamente preparados.
Em agosto de 2025, o influenciador digital Felca produziu um vídeo denunciando conteúdos produzidos por influenciadores como Hytalo Santos, nos quais menores aparecem em situações sexualizadas ou sugestivas. A repercussão foi imediata, levando autoridades a agir e reacendendo o debate sobre proteção da infância nas redes sociais.
O vídeo atingiu milhões de visualizações em poucos dias, gerando pressão política. O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que colocaria em votação projetos de lei para combater a sexualização infantil em plataformas digitais.
Projetos de lei em destaque contra a adultização na internet
Entre as propostas mais discutidas, estão:
- PL 2628/2022 (Alessandro Vieira): exige verificação de idade e obriga provedores a criar mecanismos de prevenção e denúncia.
- PLs 3867 a 3861/2025: incluem criminalização da adultização digital, alvará judicial para participação de menores em conteúdos monetizados e bloqueio de algoritmos que promovam sexualização infantil.
Felca convidado ao Congresso
Felca foi convidado para depor em audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Também está em análise a criação de uma CPI para investigar conteúdos digitais exploratórios envolvendo crianças.
Conclusão
O caso Felca evidencia que a adultização infantil é um problema urgente. A mobilização política e o debate público mostram que é preciso criar leis robustas, garantir fiscalização efetiva e cobrar responsabilidade das plataformas para proteger a infância na era digital.
